
Redes sociais como ingrediente estratégico no branding gastronômico
O digital deixou de ser apenas um canal de divulgação para se tornar um ingrediente fundamental na construção de marcas gastronômicas. Foi com essa mensagem que Vanessa Huguinin, fundadora da agência Food-se, começou sua palestra no Lounge dos Embaixadores da Fispal Food Service 2025.
A especialista defendeu que as redes sociais, quando bem trabalhadas, deixam de ser vitrines estáticas e passam a ser espaços de relacionamento, engajamento e desejo. “Se você não quer ser o mais barato, seja criativo”, provocou a plateia logo no início da apresentação.
Instagram que vende não parece uma vitrine de vendas
Vanessa explicou que o feed ideal não é aquele que apenas mostra o produto, mas sim o que inspira, ensina, motiva e ajuda. “O perfil que vende não é o que tenta vender o tempo todo, mas o que se relaciona com o público”, explicou. Bastidores, histórias dos produtos, valores do negócio e conteúdo útil são os pilares de um bom posicionamento digital.
Para quem trabalha com alimentação, a missão é clara: transformar ingredientes e rotinas em narrativas visuais. Mostrar o corte da carne, o café saindo da máquina, o pão sendo retirado do forno ou até mesmo o motoboy pegando o delivery. “Pessoas consomem de pessoas. Humanizar o conteúdo é essencial.”
O papel de cada canal: Instagram, TikTok, LinkedIn
Cada rede tem um papel estratégico, segundo a especialista. Enquanto o Instagram ainda reina como principal vitrine para o público final, o TikTok tem se destacado pelos bastidores e conteúdos espontâneos – especialmente para alcançar um público mais jovem. Já o LinkedIn, de acordo com Vanessa, é essencial para quem atende outras empresas, como catering, ou quer posicionar sua marca de forma institucional.
A especialista destacou também a importância da frequência e da consistência. “O algoritmo não entrega bem para quem posta pouco. Story é bastidor, e precisa acontecer o tempo todo.”
E a frequência com que o conteúdo tem que ser publicado? Segundo Vanessa, pelo menos três vezes por semana. Quem quer ser notado, precisa aparecer com constância nas redes.
Inteligência artificial: aliada ou inimiga?
No encerramento da palestra, Vanessa provocou a plateia com o tema da inteligência artificial e seu impacto no branding gastronômico. Com exemplos positivos – como uma rede de tacos americana que criou um sabor inusitado com ajuda da IA – e negativos – como um delivery que usou imagens geradas por IA que não correspondiam ao produto real –, ela enfatizou a importância do bom senso humano. “IA não substitui pessoas, mas pode substituir habilidades. E sem bom senso, não há tecnologia que salve uma marca.”
Conteúdo que gera desejo é o novo marketing
Ao final, Vanessa compartilhou uma tabela de horários estratégicos para postagens e reforçou que marcas de alimentação devem se organizar como editoras: com temas definidos, propósito claro e frequência constante. “Se você não criar desejo, seu concorrente vai. E ele já está nas redes sociais.”
Horários de melhor performance para a categoria food, por rede social
Plataforma | Dia da semana | Horário recomendado |
Segunda-feira | 7h30 | |
Terça-feira | 9h às 10h | |
Quarta-feira | 11h | |
Quinta-feira | 11h às 12h | |
Sexta-feira | 16h | |
Sábado | 9h | |
Domingo | 19h | |
Terça, Quarta e Quinta | 7h às 9h, 11h às 12h, 17h às 18h | |
TikTok | Segunda-feira | 7h e 22h |
TikTok | Terça-feira | 9h, 13h e 19h |
TikTok | Quarta-feira | 8h, 14h e 20h |
TikTok | Quinta-feira | 9h, 12h e 19h |
TikTok | Sexta-feira | 11h, 17h e 21h |
TikTok | Sábado | 10h, 20h e 23h |
TikTok | Domingo | 9h, 15h e 21h |
Fonte: https://www.foodconnection.com.br/
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